11/01/2014

paragem certa

seja onde for que estejas
um dia
quem sabe te encontro
guardei a foto no armário
comprei uma agulha nova
e o teu vinil ecoa pela sala

cresce a poeira na estante
deixo de perguntar por ti

vela a velha o morto
sem esperar o milagre
sem mágoa nem dor
não diz até já

na mão direita a terra
lembra o ciclo da natureza

seja onde for que estejas
moras em parte incerta
até que eu encontre
o meu paradeiro.

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