03/02/2014

ainda é cedo

vou te dar a mão e só a largo quando for dia | amanhã é cedo, dizem que vai estar de chuva | espera que chegue o verão | damos um mergulho antes da despedida | até lá, não deixes que o tempo nos atravesse | antes que chegue a primavera | um caldo verde de madrugada | um pão quente às cinco da manhã | abriu uma padaria na nossa rua | de manhã atravessamos a ponte de comboio | tiras uma foto ao Tejo em cada ‘V’ | regressamos no cacilheiro da Trafaria | Lisboa afinal é tão perto | há águas-vivas que não se decidem onde morar | se no rio ou no mar | quando os jacarandás estiverem floridos | descemos a avenida e a tua mão vai me abraçar | amanhã é cedo | espera | há ondas na marginal.
até que seja dia | talvez amanhã.



1 comentário:

  1. Não é nada cedo
    o que não tarda mete medo

    Avancemos, chuva adentro
    Chuva adentro
    Até que o Sol nos apareça, e brilhe
    como se fosse Abril

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