se a laranja for ácida e se a cada gomo as lágrimas te vierem aos olhos, me diga Cleo se é esse o paladar da loucura.
Desenhos e textos de Ethel Feldman
vou te dar a mão e só a largo quando for dia | amanhã é cedo, dizem que vai estar de chuva | espera que chegue o verão | damos um mergulho antes da despedida | até lá, não deixes que o tempo nos atravesse | antes que chegue a primavera | um caldo verde de madrugada | um pão quente às cinco da manhã | abriu uma padaria na nossa rua | de manhã atravessamos a ponte de comboio | tiras uma foto ao Tejo em cada ‘V’ | regressamos no cacilheiro da Trafaria | Lisboa afinal é tão perto | há águas-vivas que não se decidem onde morar | se no rio ou no mar | quando os jacarandás estiverem floridos | descemos a avenida e a tua mão vai me abraçar | amanhã é cedo | espera | há ondas na marginal. até que seja dia | talvez amanhã.
Não é nada cedo
ResponderEliminaro que não tarda mete medo
Avancemos, chuva adentro
Chuva adentro
Até que o Sol nos apareça, e brilhe
como se fosse Abril