21/12/2011

gesto

Entre a mesa e a janela, mora teimosa uma parede amarela. 
Procuro o ponto de fuga. 
Desenho o luar em cada noite escura. 
Despeço-me do sol. 
Na monotonia do amarelo, deito-me e sonho 
com o mar que caminha para a montanha,
até que a terra encontre o céu e o azul tome conta da cor.

Descubro no gesto o sentido.

Entre a mesa e a janela, da minha casa
Mora teimosa uma parede amarela
Cansada, debotada na cor,
Delicada, encosto meu corpo
Apoio no ombro a vontade de ser
Abro a janela, abraço a liberdade.

No horizonte - vida.

6 comentários:

  1. Não sei
    Não sei, se a partir de seu poema
    não poderia pintar um quadro
    Talvez me faltasse tudo menos o ritmo e a cor
    (há versos que parecem telas)

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  2. Palavras postas a esmo,
    de qualquer jeito que seja,
    a fingir de poesia,
    serão tudo o que deseja
    em termos de alegoria
    ou de metáfora mesmo,
    mas não são literatura,
    ó Paladar da Loucura!

    JCN

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  3. JCN! Seja bem- vindo - sempre, no gosto e não gosto. Se não caibo na caixa, inventa uma prateleira para mim.
    Beijo
    Ethel

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  4. Da maneira como o faz,
    tão delicada, acredite
    que agradeço o seu convite
    que muitíssimo me apraz!

    JCN

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