Quero uma agenda sem começo.
Como o tempo que sinto.
Contínuo nos intervalos.
Entre a infância e a semana passada, confundo o passado.
Subi a montanha. Presa no tronco, a dois passos do chão - chorei com medo da queda.
Presa com a boia, junto à terra - tive medo de me afundar.
Na escola, aprendi a ler. O 'A 'vem antes do 'C' e do 'B'. O '2' acompanha o '3'.
Há sempre um antes e outro depois. O tempo a subtrair tempo, no tempo que aprendo.
O tempo de ontem, no ventre da minha mãe.
Noto o mar preguiçoso, mesmo quando se mostra revolto.
Daqui a pouco sereno. É assim o seu tempo. Sempre novo.
O rio acaricia a montanha, a borboleta beija a flor.
Saboreio a maçã, toco meu corpo molhado.
É assim a natureza. Em todos os intervalos.
Uma agenda sem início, nem fim.
Minha Alma segredou-me que lhe propusesse
ResponderEliminaruma réplica para o final.
Assim, sou seu mandatário e que fique então:
"O rio acaricia a montanha, a borboleta beija a flor.
Saboreio a maçã, toco meu corpo molhado.
É assim a natureza. Em todos os intervalos.
Uma agenda sem início que se veja,
nem fim que se deseja..."
Boa?
Depois de publicado o poema é agora teu. Se tens necessidade de encontrar um início que não se veja e um fim que não se deseja - que seja. O poema é agora teu.
ResponderEliminarNo meu, que me saiu dessa 'Alma' que tão bem definiste, no teu blog, a agenda não tempo - não começa ou acaba - existe simplesmente.
Um beijo
Boa,
ResponderEliminarfico então com dois
O teu tal e qual
e o que lhe fiz depois
Beijo e um gracejo
Que bom, poeta coleccionador :-)
ResponderEliminar