- Conta até dez…
- agora escolhe uma cor
- quero branco!
- não vale, nãos vês que não há branco, mamã?
- então escolhes tú porque eu só quero o branco…
Desalentada Betina não desiste, desmancha a flor, encontra as costas da cor e mostra:
- Vês? O branco está escondido em todas! Se queres branco vais ter todas as respostas! Não percebes que não pode ser?
Divertida com a indignação da miúda Helena insiste:
- então… faz uma flor sem cor
- não percebes?! Porque não brincas direito? És sempre assim, se eu fizer tudo branco vou ter de desenhar no lugar da cor e aí vais escolher o quê?
- Depende. Experimenta
Cansada e irritada Betina pega num pedaço de papel quadrado branco. Encontra os quatro vértices no centro. Volta a dobrar do avesso. Com paciência em cada quadradinho, onde vai colocar seus dedinhos escreve: água, ar, terra, fogo
- pronto agora escolhe…
- quero… o branco!
- mamã, o branco está em todo o papel, ainda não percebeste? Nem a brincar fazes as coisas como toda gente NORMAL!
O sorriso de Helena não combina com a tristeza de Betina.
- Quero a água, e depois quero o ar, a seguir a terra e depois o fogo…
Betina começa a contar e para no cinco. Desfaz a flor devagar, entrega à Helena um papel quadrado, vincado
- eu te conheço. Vais escolher o que não houver…
- Experimenta
Cansada e irritada Betina pega num pedaço de papel quadrado branco. Encontra os quatro vértices no centro. Volta a dobrar do avesso. Com paciência em cada quadradinho, onde vai colocar seus dedinhos escreve: água, ar, terra, fogo
- pronto agora escolhe…
- quero… o branco!
- mamã, o branco está em todo o papel, ainda não percebeste? Nem a brincar fazes as coisas como toda gente NORMAL!
O sorriso de Helena não combina com a tristeza de Betina.
- Quero a água, e depois quero o ar, a seguir a terra e depois o fogo…
Betina começa a contar e para no cinco.
- Olha mamã…
Desfaz a flor devagar, entrega à Helena um papel quadrado, vincado.
- E agora?
- Não sei. Escolhe o branco…
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