Tento encontrar um lugar recatado para poder te chorar,
mas as crianças mortas são às centenas e fazem do meu pranto revolta.
Dobrei-te um passarinho na despedida, porque partias dentro do tempo,
mas os meus dedos ficam pequenos quando a morte é chacina.
Mora na minha infância a memória dos massacres
dos meus familiares nos campos de concentração.
Tento encontrar em vão a ilha que desenhaste.
Entre destroços, entre vidas roubadas
Soberbo é o homem que se faz de surdo.
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