27/04/2014

sede

Há homens que constroem calçadas pontiagudas, na esperança de que das costelas dos vagabundos nasça a sabedoria. 
Há homens sem rosto, com gosto de mofo de quem não se espera nada, senão o oposto.

Um homem nada, entre o rio e o mar, em busca do limite. Cansado do tempo, desiste.
O presente pede ao passado que o represente. Não há quem o habite.

A água que mata o peixe salva o homem da sede.

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