Quando a noite é madrugada
um anjo branco sem asas
descobre no mar
o sal que Deus negou
na alvorada
quando os peixes nadam
chora o anjo imaculado
as asas que Deus roubou
dorme a manhã cansada
deste sono adiado
como se fosse destino
dar Deus asas
a quem nunca pecou
verde é a folha no verão
que o outono despe
cor da terra molhada
que a abriga no chão
em dia de tempestade
um anjo sem asas
pede ao peixe do rio
que navegue no mar
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