Há dias em que as manhãs chamam a noite fria. Nas
madrugadas molhadas, desprotegidas da vida - sem cor. Insónia que habita o sono
da dor. Nas ruas moram mendigos à força. Doutores letrados desenham a fome com
teimosia. Em cada esquina, em cada corpo desabrigado, a miséria cresce
vitoriosa. Há dias em que as manhãs, não são senão esta noite teimosa, longa
que adormeceu o meu país.
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