Vou só falar dela, dessa menina que acabo de conhecer. Diz sempre não.
- É tão pequenina!
Não sei se é velha ou criança. Não sei!
Tem sempre a mão na barriga e uma lágrima lenta na face.
Sempre a tive por dentro, sem corpo nem rosto. Quando seu coração apertava, doía-me o corpo todo.
Assim, uma pontada que se espalha como se eu fosse sua seara.
Sempre a tive por dentro, descompassada sem espaço, nem tempo
Agora que a vejo fora de mim, é tão pequenina!
Diz o menino que acaba de nascer que a embale em meu colo, limpe a lágrima que persiste em sua face.
Diz-me o menino, agora homem que abrace a pequena
até que volte a crescer-me por dentro
com um sorriso na face.
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