28/09/2014

grão

Será preguiça esse estado dormente que se espalha no corpo? 
O sono tem sido breve. Acordo às 4h30 com dor de cabeça. Culpo a cama e o travesseiro. 
Às dez, em frente ao computador, adormeço. Às onze, perguntam-me o que vai ser o almoço e eu respondo, tentando ser delicada. O que me importa o almoço se eu tenho sono? 
Penso em ti uma vez por outra. Fazes parte das peças que desenham o cenário. Nunca acreditei que morresses. 
Se ao menos eu dormisse! 
Lembras-te do relógio que desarmei presumindo que ia entender a engrenagem? Ficaste silencioso à espera que eu o montasse de novo. Pedi que tivesses calma e que não te preocupasses. Algumas peças ficaram em cima da mesa de cabeceira e o relógio nunca mais acertou a hora.
Agora, eu e os outros sobramos e tu fazes falta.
Para o almoço, pode ser uma sopa de grão?

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